Processos de recrutamento e estágios nas Sociedades de Advogados

Terça-feira, November 29, 2022 - 12:33

Ao longo do RUMO – especial Advocacia, o evento de empregabilidade que juntou mais de 20 sociedades de advogados nos dias 15 e 16 de novembro, os estudantes tiveram oportunidade de estar mais próximos do mercado de trabalho.

Tal como explica a advogada associada na Gama Lobo Xavier, Luis Teixeira e Melo e Associados, Dr.ª Catarina Azevedo Fernandes, no RUMO os alunos demonstraram “muito interesse em perceber quais as fases que compõem o nosso processo de recrutamento para efeitos de estágio à Ordem dos Advogados, bem como qual a forma de funcionamento do estágio”. “Uma vez informados de que o estágio no nosso escritório se realiza em regime multidisciplinar e rotativo, a questão que se impôs foi a de saber quais as áreas de prática em que exercemos a nossa atividade.

Também para a Dr.ª Mónica Santos Costa, advogada na Vieira Rocha Advogados, as questões dos estudantes são, maioritariamente, acerca dos estágios: “Neste momento, ao nível do recrutamento, as perguntas têm sido sobre estágios curriculares, com muita afluência de alunos do 3º ano que, antes de optar por algum mestrado, ou até mesmo para saberem se se querem dedicar a uma determinada área, procuram aqui ter uma primeira experiência profissional, através dos estágios curriculares e, por isso, ter algum contacto com as sociedades de advogados”.

O mesmo é explicado pelos alunos: “Tal como falei com algumas sociedades, eles valorizam muito que nós nos comecemos a interessar pela empregabilidade desde uma idade muito jovem. O que muitas das sociedades me dizem é que gostam de jovens que vão pela busca de conhecimento e que queiram interessar-se pela empregabilidade. (…) Estão aqui as grandes sociedades e por isso eu quero saber o que é que eles procuram, que tipo de áreas é que eles têm, como funcionam os estágios de verão”, explica Mateus Costa, aluno do 2º ano da licenciatura em Direito e staff do evento.

O que procuram as sociedades em novos talentos?

Sobretudo uma capacidade de comunicação, resiliência, capacidade de inovação, de superação, mas também boas capacidades técnicas: comunicação jurídica, raciocínio jurídico. São sobretudo essas as características” - Dr. João Pedro Guedes, Advogado Associado na Pinto Ribeiro Advogados.

Na linha dos valores que pautam a nossa atividade, procuramos pessoas com elevado rigor técnico, responsáveis e confiáveis, criativas na busca de soluções e que, complementarmente, sejam dotados das soft skills necessárias para se relacionarem com os seus pares e clientes” – Dr.ª Catarina Azevedo Fernandes, Advogada Associada na Gama Lobo Xavier, Luis Teixeira e Melo e Associados.

A formação académica é muito importante, mas as soft skills são muito valorizadas na nossa sociedade. E principalmente as atividades extracurriculares, mesmo que não tenham nada que ver com a nossa” - Dr.ª Mónica Santos Costa, advogada na Vieira Rocha Advogados.

Antes de sermos bons juristas, é preciso cultivar o nosso lado pessoal também. Se só estudarmos, não temos essa perceção. Chegamos aqui e eles dizem: ok tens esta média, e depois? E mais? E tu és obrigado a pensar: O que é que eu posso fazer mais por mim?” - Inês Ribeiro, aluna do 3º ano da licenciatura em Direito.