Criado e educado por Jesuítas, soube, das intenções do Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Cerejeira, para avançar com a criação de uma Universidade Católica, em Portugal, na década de 70, do século XX. O projeto arrancaria na capital, de certa forma, sob a batuta do “Terreiro do Paço”.
Todavia, entre atrasos e avanços postos em causa, a primeira Faculdade da Universidade Católica Portuguesa, teve um cunho bem diferente: Filosofia, em Braga. A essa inauguração, não faltou o nosso entrevistado, muito atento, e já de olhos postos naquele que seria o seu futuro e do Ensino Superior como um todo, em Portugal.
Finalmente, em Lisboa nasce a UCP, impulsionada, primeiro, pela Faculdade de Direito. Por vários intermédios e motivos, Francisco Carvalho Guerra não é um desconhecido no país. Exerceu funções na NATO, como representante de Portugal e, como se isto não bastasse, as suas investigações foram pioneiras. Dotado de um currículo como este, é chamado para enumerar aquilo que é, ao fim ao cabo, preciso para que o projeto avance, no Porto. Não escondeu em momento algum as influências que lhe chegam da passagem por várias Academias americanas, e onde foi aluno de 5 prémios Nobel.
Aqui, no Campus da Foz, quis abrir Direito, no Porto. E porquê? Contou-nos a história de como, um dia, num almoço com um tio jurista, que já ouvira das suas intenções, lhe foi perguntado: “o que vais criar?”. A resposta foi rápida, quase que instintiva: “Direito! Salazar só contrata ministros formados em Direito.”, e, desta feita, está criada a plataforma que lançaria, a partir do Porto, “homens cristãos”, juristas, para o mundo das decisões.