Em abril, realizou-se o 1º Bootcamp ADN do Jurista Powered by Antas da Cunha Ecija & Associados.
Divididos em 4 grupos com 6 mentores, os estudantes tiveram a oportunidade de se debruçarem sobre um caso real para o qual tiveram de, em grupo e devidamente orientados pelos mentores, encontrar as melhores soluções.
“Parabéns, vocês são hiper promissores”, foi o comentário que Fernando Antas da Cunha fez acerca da participação dos estudantes no evento.
No final, o grupo composto pelas estudantes Carlota Meireles Moreira, Bárbara Rocha, Joana Campos e Beatriz Carvalho ganhou o prémio.
Conversamos com a Bárbara Rocha acerca desta vitória académica:
Em que fases se dividiu o Bootcamp?
O Bootcamp teve, essencialmente, 4 fases: numa 1ª fase foram-nos apresentadas as tarefas que iríamos realizar durante o dia, assim como uma breve explicação do que pretendiam da nossa parte. Fomos, de seguida e até à hora de almoço, para salas individuais com os nossos respetivos grupos debater o que iríamos falar e como iríamos resolver da melhor forma aquele caso prático, que nos foi entregue, assim como discutir qual a forma mais criativa para apresentação das nossas conclusões sobre o caso.
Depois da hora do almoço, realizou-se a 2ª fase, em que cada grupo apresentou a sua resolução do caso prático aos membros da Sociedade de Advogados. Findas as apresentações, o júri da Sociedade deslocou-se para uma sala à parte, para discutir e decidir qual o grupo que teve uma melhor prestação.
Na 3ª e última fase, depois de eleito o grupo vencedor, tivemos uma pequena palestra com o Dr. Nuno da Silva Vieira que nos falou sobre a capacidade que o Direito tem de abranger as novas realidades que vão surgindo na nossa sociedade, nomeadamente na área da tecnologia e da realidade virtual, falando de diversos temas: desde o impacto das novas moedas virtuais (bitcoins) até aos ciberataques, etc.
No fim, tivemos um momento muito agradável de convívio entre nós, estudantes, e os membros desta Sociedade de Advogados (Antas da Cunha Aecija), onde pudemos compartilhar ideias e tirar dúvidas sobre os vários temas de Direito ou até pessoais (relacionadas com o nosso percurso académico).
Sentiram que faziam parte de uma experiência de contexto de trabalho real?
Sem dúvida! Desde o início que nos apercebemos que esperavam bastante da nossa parte, então tivemos de trabalhar bastante para corresponder a essas expectativas. Apenas nos entregaram o caso prático, pressupondo que todos os conhecimentos necessários para resolver o problema inerente a esse caso já estavam devidamente apreendidos. Como grupo, sentimos a pressão de ter que apresentar uma resolução do problema ao nosso “cliente” (que neste caso era a sociedade) dentro de um curto espaço de tempo. Foi engraçado termos saído por um dia das vestes de estudantes para vestir as de um advogado. Trabalhar em contexto de escritório advogados e viver todas as experiências inerentes a esse contexto foi extraordinário.
Que ensinamentos é que levam com esta participação e com esta distinção?
Com esta experiência aprendi que os conhecimentos teóricos do direito são fundamentais e os pilares base de qualquer jurista. No entanto é preciso muito mais para se ser um bom advogado. É necessário saber dar resposta aos problemas das pessoas, muitas vezes arranjando soluções criativas que melhor satisfaçam os seus interesses. É essencial conhecer o mundo que nos rodeia. A sociedade está em constante mutação e é necessário conhecermos e adaptarmos os nossos conhecimentos às novas realidades que vão surgindo.
O que é que mais vos surpreendeu ao longo do evento?
Eu já sabia e tinha conhecimento da existência e funcionamento das moedas virtuais. Ver que já estavam a surgir negócios e problemas, em Portugal, que tinham por base essas moedas surpreendeu-me bastante, visto que estas ainda carecem de regulação por parte do Direito e que ainda não são consideradas pelo Banco de Portugal como verdadeiras moedas (foi um dos temas que o nosso caso prático tratava). Isto alertou-me para atualização constante que um jurista deve ter sobre a realidade que o rodeia. Surpreendeu-me, portanto, a criatividade que nos era exigida para resolver este caso.
O que significa conseguirem este reconhecimento?
Foi muito importante termos conseguido obter este reconhecimento pela Sociedade de Advogados Antas da Cunha Ecija pois esforçamo-nos imenso e este reconhecimento foi o espelho disso. É também um motivo de orgulho para nós, pois percebemos que o nosso pensamento e raciocínio como juristas está no caminho certo, o que nos fez sentir que seremos capazes de dar resposta aos futuros problemas e casos com que nos iremos deparar no futuro.
As candidaturas à Licenciatura em Direito estão abertas.