Os estágios internacionais disponibilizados pela Faculdade de Direito são extracurriculares e decorrem durante a fase de escrita da tese de mestrado.
Conversamos com três estudantes que tiveram a oportunidade de frequentar estágios em diferentes pontos do globo.
Entre discussões focadas nas Convenções de Genebra e nos Protocolos Adicionais numa aula de Direito Internacional Humanitário, surgiu o tema dos estágios internacionais e da relevância que podiam assumir no percurso profissional de Inês Martins.
Rapidamente decidiu inscrever-se e durante seis meses foi acolhida em Estocolmo, no Ministério dos Negócios Estrangeiros na Embaixada de Portugal.
Ao longo do estágio, tem tido a oportunidade de acompanhar e reportar a situação política na Suécia, prestar apoio ao departamento político-diplomático e ao departamento consular.
Além disso, tem trabalhado diversas competências, como a adequação da escrita a modelos específicos exigidos na redação, assim como melhorado a capacidade de síntese e de interação com assuntos urgentes.
As unidades curriculares do Mestrado em Direito Internacional e Europeu têm facilitado o desempenho das suas funções, principalmente as que visam o enquadramento político, jurídico e económico de situações relativas à Suécia e outros países.
Concluindo, o balanço não poderia ser mais positivo: “Esta experiência tem-me ajudado a adquirir confiança na aplicação do conhecimento obtido durante o meu percurso académico, deixando-me com um sentimento de prontidão para o início da minha vida profissional”.
Para Sandra Azevedo, o interesse despertou depois de receber um email da Universidade. Ao analisar as suas opções, decidiu candidatar-se à Missão Permanente de Portugal junto das Nações Unidas em Genebra: “Apesar da transcendente vontade de ser selecionada para esta opção, assumo que as minhas expectativas eram baixas. Presumi que haveria muitos candidatos e que eu, não sabendo falar francês, seria excluída. Felizmente enganei-me e a emoção de receber a resposta positiva foi incalculável.”
Assumindo como funções o apoio aos departamentos político-diplomáticos, na preparação e acompanhamento de encontros, reuniões bilaterais, reuniões multilaterais e também na elaboração de relatórios, acredita que tem desenvolvido várias “competências transversais” - desde as competências linguísticas, ao espírito de iniciativa, adaptabilidade, flexibilidade, comunicação e decisão até à sensibilização para as questões do mundo atual.
Confessa que a experiência tem sido “fascinante” e que lhe permitiu abrir horizontes: “Nunca tinha colocado esta vertente em cima da mesa, mas posso afirmar que este estágio alimentou muito o meu interesse pela área.”
Já Guilherme Guimarães quis aventurar-se na frequência de um estágio no estrangeiro depois de descobrir que o Ministério dos Negócios Estrangeiros tinha celebrado uma parceria com a Universidade Católica Portuguesa. Depois de enviar dez candidaturas, descobriu que ficou colocado no Consulado-Geral de Portugal em Newark.
Neste momento, concede apoio consular à comunidade portuguesa e a estrangeiros, através de atendimento telefónico e via e-mail. Além disso, regista as inscrições consulares, passaportes e cartões de cidadão, entre outras funções.
Ao desempenhar este trabalho, apercebeu-se que tem desenvolvido as suas competências de comunicação, do domínio da língua inglesa e de conhecimentos informáticos, assim como posto em prática o que aprendeu ao longo do curso: “Habilitou-me a conseguir responder de forma célere e acertada às questões jurídicas que lhe são colocadas, designadamente questões de Direito Civil e de Direito Internacional Privado”.
Para o estudante, a experiência pessoal e profissional tem sido “bastante positiva”, uma vez que tem a oportunidade única de viver a 20 minutos de Nova Iorque.
Por se sentir “mais preparado e confiante para encarar o mercado de trabalho”, tem a certeza que esta fase da sua vida se tornará numa mais-valia para o seu futuro.
As candidaturas aos mestrados em Direito reabrem no dia 16 de junho.