Beata Piskorska, vice-reitora da The John Paul II Catholic University of Lublin (Polónia), esteve na Universidade Católica Portuguesa no Porto no âmbito de uma visita protocolar na qual reuniu com a vice-reitora e a pró-reitora da Universidade Católica Portuguesa, bem como com diretores de duas Faculdades, nomeadamente da Faculdade de Direito – Escola do Porto e da Faculdade de Educação e Psicologia. No âmbito desta visita, foi reforçada a relação entre a Faculdade de Direito – Escola do Porto da Universidade Católica e a Faculdade de Direito da John Paul II Catholic University of Lublin que engloba a mobilidade entre estudantes, o intercâmbio de docentes e colaboradores e a realização de projetos de investigação conjuntos.
“Ao longo dos anos temos vindo a criar sinergias entre as duas universidades que nos permitam agora alicerçar o que de melhor se faz no ensino e investigação,” referiu Isabel Braga da Cruz, pró-reitora da Universidade Católica Portuguesa. Beata Piskoska reiterou “a importância desta cooperação a vários níveis – intercâmbio através de ERASMUS+ e reforço da relação na área da ciência política e das relações internacionais – que conduzam a pontes de convergência.”
Aula Aberta sobre a União Europeia como um lider global
Durante uma aula aberta a toda a comunidade da Universidade, que decorreu a 27 de maio, a docente especialista em políticas públicas e europeia abordou a política externa e a segurança conjunta da União Europeia em relação aos países fronteiriços, instáveis e conflituosos, quer no Leste e Sul da Europa, quer no Norte da África.
A falta de uma oferta específica e atrativa para os vizinhos do Leste e do Sul, aliada a uma presença de uma Rússia militarizada, tem levado a UE a adotar diferentes abordagens, além da diplomacia tradicional, para promover os valores democráticos dentro e fora de fronteiras. Destacando, o conceito "soft power", que tem como objetivo atrair e influenciar os países através do diálogo político e do desenvolvimento democrático, a vice-reitora da Universidade de Lublin realçou a necessidade de adaptação da UE às novas realidades a partir do comércio, da ajuda humanitária e da cooperação.
Perante um cenário global cada vez mais complexo, Beata Piskorska apelou à importância de uma “política externa coerente e eficaz, capaz de promover a estabilidade e o desenvolvimento tanto dentro como fora das fronteiras.”