Associação de Estudantes: O papel do associativismo no desenvolvimento de competências dos estudantes

Terça-feira, Junho 15, 2021 - 15:20

Num ano particularmente atípico, onde os estudantes tiveram de se reinventar e procurar alternativas para o exercício do associativismo, as funções dos membros da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa no Porto mantiveram-se e as atividades foram reestruturadas.

Conversamos com dois elementos da AEFDUCP para desvendar a influência que a participação neste grupo exerce nas suas vidas.

Aplicação dos ensinamentos

De acordo com Leonor Pizarro Monteiro, os ensinamentos adquiridos na Licenciatura em Direito acabam por ser postos em prática através do trabalho que desempenha como vice-presidente do Departamento da Política Educativa da Associação. Nomeadamente, por meio da celebração de contratos de parceria: “Ajuda a começar a entender como funciona o mercado de trabalho na nossa área e aprendermos o rigor e o cuidado que se deve ter na celebração de qualquer contrato.”

Simultaneamente, enquanto responsável pelo Departamento de Conferências - que esteve bastante ativo nos últimos meses através da criação de eventos online - desenvolveu aptidões comunicativas e o trabalho em equipa, o que a ajuda a construir um perfil multidisciplinar.

Competências que são trabalhadas na AE

Já Maria Reis Santos ocupa a função de Vice-Presidente do Departamento Desportivo e da Saúde da Associação, onde também aprendeu a fazer a gestão do seu tempo, a definir prioridades e a cooperar em equipa: “O trabalho desenvolvido na Associação faz-nos perceber que a divisão de tarefas é fulcral e ensina-nos a confiar no trabalho dos outros. Desta forma, conseguimos uma otimização das capacidades de cada um de nós, o que faz com que o trabalho no final seja melhor e contribua para o crescimento individual, sem se tornar excessivamente stressante”, explica.

Para a estudante de 3.º ano da Licenciatura em Direito, também é através do trabalho que desempenha no seu mandato que põe em prática o que tem aprendido ao longo do curso, o que a dota de competências que se revelarão essenciais no futuro: “Confio que a vertente associativa nos ajuda a desenvolver capacidades que nenhuma unidade curricular é capaz de nos transmitir, mas que serão importantíssimas quando ingressarmos no mercado de trabalho, como será, por exemplo, o saber trabalhar em equipa, a oralidade, a facilidade que temos em lidar com personalidades distintas e a resolução rápida de problemas.”

Ainda que seja complicado para ambas conciliar o trabalho associativo com os estudos e a vida pessoal, é através do sentimento de superação que encontram a motivação para continuar a desempenhar as suas funções.


Este ano, a AEFDUCP completa 35 anos de “defesa intransigente dos interesses dos estudantes”, partilha Manuel Fontaine, Diretor da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica.