No dia 20 de fevereiro, no âmbito do programa ADN Jurista, a sessão "Na Cabeça de: Pedro Nuno, Montenegro, Ventura" reuniu alunos e jornalistas políticos para uma análise das biografias dos principais protagonistas das eleições legislativas. Num encontro marcado por uma atmosfera informal, os estudantes de Direito tiveram a oportunidade de colocar questões sobre o estado da política atual e o rumo das próximas eleições de março.
"Com a queda do governo, desafiei estes jornalistas a escreverem em dois meses três livros sobre os principais cabeças de lista", salientou Carlos Vaz Marques, perante uma plateia cheia, e em que os jornalistas Ana Sá Lopes, Miguel Santos Carrapatoso e Vítor Matos partilharam as experiências na redação das biografias não autorizadas e os desafios na obtenção de fontes.
No entanto, foram os dilemas enfrentados pela Comunicação perante os fenómenos políticos mais controversos que marcaram a sessão. “Às vezes dá-se muito protagonismo ao Chega (…) é um fenómeno comum à Europa toda”, afirmou Ana Lopes. Desta feita, Vítor Matos enfatizou a importância de questionar, de obter respostas e de identificar contradições, servindo este papel não só aos jornalistas, mas “a todos". "Temos que olhar para a realidade e questionar este partido que está a pôr em causa a democracia".
No cerne do evento ecoou a seguinte mensagem: O pensamento crítico, a comunicação eficaz e a atuação ética, deverá fazer parte do ADN do jornalista, como do jurista, característica essencial para a construção de uma sociedade informada e democrática.
